sexta-feira, 22 de julho de 2011

10 mentiras sobre o corpo humano que nos ensinaram na escola


Desde que somos pequeninos, grandes quantidades de informação chegam a nossa mente, seja através da família ou das aulas na escola. No entanto, muitas dessas coisas que nos ensinaram não são precisamente verdadeiras. Sobretudo em referência ao corpo humano, do qual surgem mitos que seguem vivos ainda que tenham sido desmentidos uma e outra vez. Depois do salto você pode conferir uma lista que provavelmente nos ensinaram desde o jardim da infância e que em realidade são mentiras.

1. - Temos só cinco sentidos.

Qualquer criança pequena dirá que isso é verdadeiro, que os cinco sentidos do ser humano são a visão, o olfato, a audição, o paladar e o tato. Mas segundo a Escola de Medicina de Harvard, existem mais seis sentidos no corpo humano. Por exemplo, feche os olhos e depois toque seu nariz com o dedo indicador.

Conseguiu? Mas como soube qual era o dedo indicador sem não estava olhando? Como encontrou seu nariz? Cheirou o dedo com seu nariz? Talvez seu sentido do tato tenha indicado como chegar a seu nariz através das moléculas de ar? Nananinanão, isso se chama
propiocepção
, que é o sentido encarregado de informar a posição do corpo em relação a ele mesmo.

Outro dos sentidos que mencionam, é a percepção temporária ou o sentido do tempo, que conquanto pareça só parte de nossa linguagem cotidiana, em realidade é
algo muito importante
, pois é o que se encarrega de unir a todos. Basta se trancar em um quarto escuro, em completo silêncio e o sentido do tempo nos fará notar que estamos deixando nossa vida passar sem fazer nada.

O sentido de equilíbrio, chamado também de equilibriocepção e outros como: a
termocepção, a interocepção e a nocicepção.

2. - O mapa da língua.


Provavelmente recorde a aula em que ensinaram que a língua humana está traçada com uma espécie de mapa, no qual se localizam as áreas perceptivas de sabor. Por exemplo, a teoria menciona que os sabores doces podem ser somente identificados na ponta da língua e a percepção do resto dos sabores em outras áreas.

A verdade é que o cientista alemão D.P. Hanig,
realizou um experiência sobre paladar na qual descobriu que alguns voluntários experimentavam certos sabores com mais intensidade em certas regiões da língua. Quarenta anos mais tarde, um acadêmico de Harvard, o Dr. Boring, interpretou mal os resultados dos estudos de Hanig e o mapa que considerou como resultado, era simplesmente o planejamento de trabalho para realizar os testes. Atualmente, os pesquisadores sabem que toda a área da língua é praticamente igual em sensibilidade aos diferentes sabores.

3. - Utilizamos 10% de nosso cérebro.


Imortalizada e popularizada por Raulzito, muitas pessoas tem o costume de atribuir infundadamente esta afirmação a Albert Einstein. É um dos mitos mais antigos sobre nosso corpo. De acordo aoBritish Medical Journal (BMJ), cientistas esclareceram que a mentira surgiu em 1907, para argumentar o potencial das pessoas de desenvolver múltiplos talentos.

A verdade é que utilizamos 100% de nosso cérebro.
Especialistas assinalam que as imagens de ressonância magnética e estudos do metabolismo cerebral, demonstram que durante o dia nenhuma parte do cérebro fica sem ser ativada. O importante é fomentar a atividade cognitiva e cerebral desde a infância, porque isso mantém e aumenta as conexões cerebrais.

4. - Beber oito copos de água por dia.


O conselho de beber 2 litros e meio de água diários remonta-se a 1945, graças a uma recomendação do Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos. Posteriormente em 1974, o nutricionista Frederick Stare, avaliou o conselho sugerindo consumir de seis a oito copos a cada 24 horas. No entanto, omitiram a segunda parte das recomendações, que assinalam que a maior parte dos dois litros e meio de água já se encontram nos alimentos preparados e que incluem qualquer outro líquido como chá, café, leite e cerveja, além da água contida nas frutas e verduras.

De qualquer forma, hidratar-se é fundamental para o bom funcionamento do corpo, pois perdemos diariamente cerca de um litro de água, que deve ser reposta para a atividade do metabolismo.

5. - Ler com luz tênue pode causar cegueira.


Ler com pouca iluminação ou à luz das velas não causa perda da visão, como ensinaram nossos avós. Simplesmente, a falta de luz pode criar a sensação de ter dificuldades para enfocar e também reduz as piscadas, o que pode causar algum dano porque não mantém o olho lubrificado, mas isto não é um efeito que persista nem que faça mal a visão.

6. - A obesidade depende do metabolismo.


Muito se disse que um metabolismo lento ou acelerado seria a causa de que uma pessoa tenha excesso de peso. A verdade é que de acordo alguns cientistas, tanto faz o metabolismo em pessoas magras e obesas, inclusive detectaram que algumas pessoas magrinhas, têm um metabolismo mas lento que outras que padecem de obesidade. O que realmente causa que uma pessoa ganhe peso é que não mantenha um equilíbrio entre as calorias que consome e as que queima, mesmo que de uma forma inadvertida como acontece no caso dos transtornos alimentares.

7. - A personalidade é definida pelo lado do cérebro dominante.


Nada é mais falso que dizer que uma pessoa é mais criativa ou mais analítica porque utiliza mais determinado lado do cérebro. A massa cerebral, tem sim algumas estruturas especializadas que se encarregam de realizar determinadas funções, mas não se agrupam em um lado específico.Os cientistas afirmam que para ser verdadeiramente criativos ou analíticos é necessário usar recursos de ambos os lados do cérebro.

Por outro lado, pessoas que se submeteram a uma cirurgia onde extraíram um hemisfério completo do cérebro, não perdem de todo seu lado criativo ou lógico. Inclusive, pelo geral, recuperam uma boa parte das funções que supostamente correspondem à parte extraída.

8. - O cabelo e as unhas seguem crescendo ainda após a morte.


Este é um mito que inclusive algumas pessoas, que têm contato com cadáveres de forma regular, asseguram ser verdadeiro. O médico forense, William Maple, em um artigo da BMJ, assegura que o crescimento do cabelo e das unhas requer uma complexa regulação hormonal, que não se mantém após a morte.

A realidade é que os tecidos macios se desidratam, o que pode levar à retração do couro cabeludo ou da pele ao redor das unhas. Isto cria a aparência de que cresceram, quando na verdade só é o contraste provocado entre os tecidos encolhidos e as unhas ou o cabelo.

9. - Barbear-se provoca que os pelos cresçam mais grosso e escuros.


Seguramente muitas vezes já escutou isto, inclusive tem aquela história de jovens imberbes passarem água de bananeira para a barba aparecer mais rápido . Mas dermatologistas e estudos que datam de 1928 asseguram que barbear-se ou depilar-se remove somente a parte morta do pelo e não a seção viva que está sob a pele, motivo pelo qual é improvável que afete o ritmo do crescimento.

Na verdade o que se elimina é só a ponta, que é mais fina e por isso ao crescer parece ser mais grosso e duro. Ademais, como o pelo (morto) não sofreu com a ação do tempo e nem foi sido submetido à luz solar, ao surgir aparenta ser mais escuro.

10. - A maior parte do calor corporal dissipa-se pela cabeça.


Quem já morou em lugares frios deve ter ouvido um dia sua mãe dizendo: - "Bota este gorro menino, antes que fique encarangado!". Tal conselho se deve a crendice de que o corpo perde calor através da cabeça. Na realidade, cobrir a cabeça tem tanto efeito como agasalhar qualquer outra parte do corpo.

Este mito surgiu na década de 1950, quando o exército dos Estados Unidos, realizava testes de sobrevivência em climas frios. Os soldados eram muito bem agasalhados em todas as partes do corpo, menos na cabeça; obviamente que aquelas sensações de que o nariz vai quebrar ou então de que levou um "teco" na orelha, fez com que os soldados reclamassem muito do frio que continuavam sentindo. Por causa disto, o
manual de sobrevivência que foi impresso aconselhava abrigar a cabeça porque se perdia de 40 a 45% do calor interno através dela.

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