Pessoal. Desde que comecei a nomorar minha esposa, ouço falar muito em Lampião, o rei do cangaço. Meu finado sogro, que é pernambucano, sempre falou com grande admiração sobre ele. Pra mim ele fazia parte de um bando de indivíduos inescrupulosos que queriam fazer suas próprias leis.
Agora vejo que, o que eles queriam era acabar com as injustiças daquela época nem que para isso utilizassem a violência, visto que, no Brasil não há justiça para o pobre, e, os grandes bandidos, cada vez mais ricos, regem o país há alguns séculos.
Segue abaixo um pequeno texto sobre Lampião, o justiceiro injustiçado:
Virgulino Ferreira da Silva
07/07/1897, Vila Bela, atual Serra Talhada (PE)
28/07/1938, Fazenda de Angicos, município de Poço Redondo (SE)
28/07/1938, Fazenda de Angicos, município de Poço Redondo (SE)
O terceiro filho do pequeno fazendeiro José Ferreira da Silva e de sua mulher Maria Lopes recebeu o nome de Virgulino Ferreira da Silva e iria inscrevê-lo a ferro e fogo na história do Nordeste e do Brasil. Antes disso, porém, teve uma infância e uma adolescência comum a todos os meninos de uma baixa classe média sertaneja: aprendeu a ler e a escrever, mas logo foi ajudar o pai, pastoreando seu gado.
Freqüentava as feiras das cidades próximas às terras da família, onde ouvia os violeiros e os poetas de cordel narrarem as aventuras dos cangaceiros, que povoavam o imaginário popular nordestino, sendo simultaneamente heróis e bandidos. Aliás, para as crianças da região brincar de cangaceiro e polícia era uma variante local do atual "mocinho e bandido".
As rixas entre famílias eram freqüentes no sertão, em especial quando envolviam questões acerca dos limites das propriedades e uma dessas rixas envolveu a família de José Ferreira da Silva com seu vizinho José Saturnino. Além de alguns tiroteios, o conflito terminou com a decisão de um coronel local em favor de Saturnino.
Revoltado, Virgulino e dois irmãos teriam se juntado ao bando do cangaceiro Sinhô Pereira, em busca de vingança. Corria o ano de 1920 e - devido a sua capacidade de disparar consecutivamente, iluminando a noite - Virgulino ganhou o apelido de Lampião. Possivelmente em função disso, a polícia cercou o sítio da família e matou seu pai a tiros. Resultado: Lampião e os dois irmãos entraram definitivamente para o cangaço.
Freqüentava as feiras das cidades próximas às terras da família, onde ouvia os violeiros e os poetas de cordel narrarem as aventuras dos cangaceiros, que povoavam o imaginário popular nordestino, sendo simultaneamente heróis e bandidos. Aliás, para as crianças da região brincar de cangaceiro e polícia era uma variante local do atual "mocinho e bandido".
As rixas entre famílias eram freqüentes no sertão, em especial quando envolviam questões acerca dos limites das propriedades e uma dessas rixas envolveu a família de José Ferreira da Silva com seu vizinho José Saturnino. Além de alguns tiroteios, o conflito terminou com a decisão de um coronel local em favor de Saturnino.
Revoltado, Virgulino e dois irmãos teriam se juntado ao bando do cangaceiro Sinhô Pereira, em busca de vingança. Corria o ano de 1920 e - devido a sua capacidade de disparar consecutivamente, iluminando a noite - Virgulino ganhou o apelido de Lampião. Possivelmente em função disso, a polícia cercou o sítio da família e matou seu pai a tiros. Resultado: Lampião e os dois irmãos entraram definitivamente para o cangaço.
Em 1922, Sinhô Pereira deixou o cangaço. Lampião assumiu a liderança do bando que praticou ações de banditismo nos quatro anos seguintes, atuando nos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Em 1926, refugiou-se no Ceará e recebeu uma intimação do padre Cícero. Compareceu a sua presença, recebeu um sermão por seus crimes e ainda a proposta de combater a Coluna Prestes que, naquela época, se encontrava pelo Nordeste.
Em troca, Lampião receberia anistia e a patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, como se chamavam as tropas recrutadas para combater os revolucionários. O capitão Virgulino e seu bando partiram à caça de Prestes, mas ao chegar a Pernambuco, foi perseguido pela polícia e descobriu que nem a anistia nem a patente tinham valor oficial. Voltou, então, ao banditismo.
Em 1927, encorajado pela própria fama, tentou invadir uma cidade maior do que as habituais: Mossoró, no Rio Grande do Norte. A população, porém, se uniu e rechaçou os cangaceiros. No ano seguinte, Lampião incluiu a Bahia nos locais onde praticava seus crimes.
Em fins de 1930 ou começo de 1931, escondido na fazenda de um coiteiro - nome dado a quem acolhia os cangaceiros - conheceu Maria Déia Nenén, a mulher de um sapateiro, que se apaixonou por ele e com ele fugiu, ingressando no bando. A mulher de Lampião ficou conhecida como Maria Bonita e, a partir daí, várias outras mulheres se integraram ao bando.
Um pouco pela ambigüidade da vida dos cangaceiros - que às vezes atuavam como justiceiros, auxiliando os pobres, um pouco por contarem com o auxílio de coronéis a quem prestavam serviços, um pouco pela incompetência das autoridades locais, bem como pelo descaso do Governo federal, a vida de crimes do bando de Lampião prosseguiu por mais seis anos.
Afinal, o bando foi cercado na fazenda de Angicos, no atual município de Poço Redondo, em Sergipe, onde estavam acampados. Foram pegos de surpresa e muitos não conseguiram escapar. Entre eles Lampião e Maria Bonita. Os cangaceiros foram decapitados e suas cabeças ficaram expostas no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, até 1968.
Fonte: "Lampião", Billy Jaynes Chandler, Paz e Terra, 2003
Boa matéria............Lampião teve uma atitude admirável.
ResponderExcluirBy Faby
Olá Faby. Tudo bem? Obrigado por comentar e elogiar a matéria. Volte sempre que será muito bem-vinda.
ResponderExcluirprá mim sempre será um bandido salafrário igual todos que vivem por ai barbarizando a vida do pobre trabalhador...
ResponderExcluiresse é o cara
ResponderExcluirMuito Bom ... um Herói da Nossa História!!!
ResponderExcluirMuito bem esplicado essa matéria do Lampião, esse ai e u cara!!!
ResponderExcluirBy Paulo Sérgio
Fui recentemente a Serra Talhada e falei com um morador da cidade e ele falou que Lampião foi um herói e não um bandido, parabéns.
ResponderExcluirnao vou criticar essa história q acabo de ler.... mas como vou falar mal do cangaço se hj é mt pior q nao é nem de cartucheira ,,mas de armamento pesado,,,,,,,,,,,dizem q nosso BRASIL é de paz como??? se tem tantos crimes tanta desigualdade de modo geral.....de dentro de casa ao nossos governos ,,, meus irmaos estamos na mao de Deus só ele para nos salvar...........
ResponderExcluiramigos antes de depois de ler esta farsa ai em cima procurem o livro LAMPIAO CORPO FECHADO ,de ivonaldo guedes. tudo isso que vc6 acabaram de ler é uma farsa
ResponderExcluirO bando tinha que existir nos dias de hoje e atacar Brasilia, covil dos maiores bandidos do século atual.
ResponderExcluirConcordo plenamente.
ResponderExcluirÉ por ai...
ResponderExcluir- "O Peter pan do Brasil."-
Um verdadeiro herói sim,pra quem não sabe, sempre ajudava os desfavorecidos e/ou prejudicados pelas praticas abusivas do governo(aquelas mesmas de sempre.-aproveitando a deixa).seria praticamente impossível reproduzir esta história com perfeição,ainda mais hoje em dia que já inventaram muita coisa sobre ele,sendo assim considero esta uma boa versão sim quanto à veracidade dos fatos,passando uma boa visão geral do assunto.
ótima história meu pai e minha mãe são d pernambuco eles tambem contão do mesmo jeito gostei junior ourinhos-sp
ResponderExcluirsou prima dele...acho que de quarto ou terceiro grau...rsrs...admiro sua historia..
ResponderExcluirCaro Wagner Nascimento:
ResponderExcluirSou Delegado de Polícia no Estado de Sergipe e também pesquisador e estudioso do cangaço. Na qualidade de Conselheiro do movimento CARIRI CANGAÇO, maior evento sobre o tema do mundo e que reúne anualmente as maiores autoridades nacionais e internacionais sobre o assunto (cinco dias de palestras, seminários, discussões e demais pontos pertinentes ao cangaço), realizado na região do Cariri cearense, foi que resolvi em nome da VERDADEIRA HISTÓRIA ENTÃO VILIPENDIADA com o livro “Lampião, o Mata Sete”, de autoria do conterrâneo sergipano, Juiz aposentado, Pedro de Morais (livro esse ainda proibido, pois fala levianamente e sem provas ou evidencias algumas que Lampião era um homossexual e Maria Bonita uma mulher mundana e adúltera) escrever a sua contestação: LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE.
Assim, quem desejar adquiri o meu livro basta entrar em contato comigo através do endereço de e-mail: archimedes-marques@bol.com.br
Para maiores detalhes, críticas e comentários sobre o meu livro LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE sugiro acessar o blog www.cangacoememfoco.jex.com.br
Atensiosamente,
Archimedes Marques